10 boas práticas para um relacionamento saudável entre assessoria de imprensa e influenciadores digitais

Se tem uma relação que vem sendo reescrita nos bastidores da comunicação é a parceria

entre influenciadores digitais e assessorias de imprensa. Já foi o tempo em que um press kit

bastava, hoje, construir pontes sólidas e éticas entre as marcas e os criadores de conteúdo

exige mais tato, mais diálogo e, principalmente, mais profissionalismo dos dois lados.

E como boa observadora dos bastidores (e dos bastidores dos bastidores), reuni aqui 10

boas práticas que podem tornar esse relacionamento mais fluido, respeitoso e, por que

não? Estratégico. A ideia é ajudar quem está do lado da assessoria a navegar melhor por

esse universo, que é mutante, sim, mas não precisa ser um campo minado.

1. Alinhe expectativas desde o “oi”

Nada pior do que ruído logo no começo. Antes de enviar qualquer produto, convite ou

proposta, deixe claro o que está sendo oferecido, o que se espera em troca e em qual

prazo. Um e-mail simples, objetivo e gentil já faz maravilhas — e evita retrabalho lá na

frente.

2. Trate o influenciador como parceiro (não como vitrine)

O influenciador não é um canal de mídia gratuito, tampouco um publipost ambulante. Ele

tem linguagem, comunidade, algoritmo e humor próprios. Respeitar isso é parte do jogo.

Quando há sintonia real, a entrega ganha autenticidade — e isso, no final, vale mais do que

qualquer briefing engessado.

3. Planeje com antecedência (de verdade)

Sim, o tempo da internet é rápido. Mas a qualidade continua exigindo planejamento.

Enviar briefing ou produto na véspera de uma data comemorativa não costuma render bons

frutos — e ainda passa a impressão de improviso. Antecipe ações, organize os envios e dê

margem para que o criador trabalhe no tempo dele.

4. Invista em briefings objetivos (e humanos)

Não precisa fazer um dossiê de 15 páginas, nem mandar só “faz um post aí”. Um bom

briefing diz: o que comunicar, qual tom usar, quando postar e como marcar. Simples, direto,

amigável. E o mais importante: que não atropele a criatividade de quem vai criar.

5. Estabeleça acordos claros (mesmo em permutas)

Se é parceria, é importante haver compromisso. Campanhas pagas pedem contratos e

cronogramas. Ações por permuta devem ter escopo, datas e entregas combinadas. Evita

mal-entendidos e reforça a seriedade da proposta.

6. Não tenha medo de cobrar resultados (desde que tenham sido acordados)

Se a pessoa combinou que ia fazer algo, não tem problema cobrar. Toda ação, seja paga

ou na forma de permuta, é uma relação profissional e de mão dupla.

7. Seja transparente e cordial na comunicação

Responda. Agradeça. Avise. Pergunte. Parece básico, mas a pressa (ou o volume de

demandas) muitas vezes atropela a cortesia. Comunicação transparente e respeitosa é o

combustível de uma boa relação — e faz toda diferença no longo prazo.

8. Acompanhe, mas sem microgerenciar

Influenciadores sabem falar com seu público. Confie nisso. Monitorar resultados é

essencial, claro, mas querer aprovar cada palavra ou tom pode engessar o processo e

deixar tudo com cara de publi forçada. Orientar é uma coisa; controlar, outra bem diferente.

9. Reconheça as boas entregas

Repostou? Marcou? Criou conteúdo extra? Compartilhe o resultado com o cliente, sim,

mas não esqueça de dar um retorno ao criador também. Um “obrigada, ficou incrível!” pode

parecer pequeno, mas ajuda a construir relações duradouras e verdadeiramente

colaborativas.

10. Compartilhe os resultados da campanha

Mostre o impacto. Influenciadores também têm interesse em saber se o post converteu,

se o cliente gostou, se haverá continuidade. Isso mostra profissionalismo, valoriza o trabalho entregue e pode abrir portas para parcerias futuras.

Dica bônus: Cultive relações, não só contatos

A melhor estratégia é a que nasce de uma relação genuína. Isso significa acompanhar o

trabalho do influenciador ao longo do tempo, interagir de forma autêntica e, quando fizer

sentido, convidá-lo para ações que estejam alinhadas com sua narrativa.

Em tempos de tanta informação voando por aí, construir vínculos sólidos entre marcas e

criadores exige mais do que apenas uma boa ideia, exige intenção, respeito e uma dose de

empatia dos dois lados.

Espero que essas boas práticas ajudem você, assessor ou assessora, a cultivar parcerias

mais humanas, eficazes e duradouras.

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