Cessar-fogo: polêmica milenar entre redação e assessoria solucionada para sempre

Demorou, mas chegou. Finalmente, após anos de experiência nos dois lados (aliás, nunca saí de nenhum por completo), consegui achar a fórmula ideal para que encerremos todas as polêmicas possíveis na relação entre jornalistas/repórteres e assessores/PRs.

Andei observando os textões que chegam de jornalistas de saco cheio de mensagens e assessores de saco cheio de repórter e editor dando patada. O descontentamento é duplo, então, algo de errado não está certo! Seus (nossos) problemas acabaram!

É preciso contextualizar aqui: essa relação mudou muito com a velocidade da comunicação digital. Vamos à solução definitiva em três tópicos ou seu dinheiro de volta:

1- Whatsapp e email

Para pautas, se você é assessor, privilegie enviar por email. Se for boa, vai rolar. Se não, é vida que segue. Se valer, vão te chamar no zap. Não leve para o pessoal. É muito melhor mesmo, para quem recebe pautas o dia todo, usar o email e o whats apenas de forma espontânea, quando precisar mesmo.

Claro que, para quem mexe com TV, a velocidade do zap pode e deve facilitar. Mas, antes disso, pense antes de mandar “qualquer pauta”. Segue…

2- Se for assessor, a curadoria inicial depende de você

Bom, se você é assessor jornalista ou RP, você tem noção (ou deveria) de linha editorial e do que faz ou não sentido para tal veículo. E para o seu cliente também! Então, faz o seguinte: faça um filtro antes de queimar cartucho. Atue como editor de você mesmo.

Dessa forma, você não passa de chato e (eureka!) seu conteúdo acaba sendo mais valorizado quando você escolhe temas coerentes. Pode não rolar na hora, mas você vai ser visto com mais credibilidade. Mas tudo tem exceção. Criou amizade e tem intimidade para mandar por zap? Manda, mas manda de leve, resume o papo. Afinal, constrange também ter que derrubar pauta de amigos.

3- Jornalista econômico/digital, admita: você depende muito do assessor

Vamos ser francos, principalmente no jornalismo econômico, tech e startupiniano, a assessoria praticamente dá a matéria de mão beijada, faz toda apuração, redação, edição, envia aquele material super prontinho com entrevistas e a parada toda.

O assessor quase que viabiliza a existência dos veículos, ainda mais os que precisam de muita atualização. As redações teriam que estar lotadas de gente se tivessem que fazer todo o processo de apuração e construção da notícia lá do zero, certo?

Dito isso, é só sucesso. Cada um faz sua parte, todo mundo se respeita e ninguém tenta levar para o pessoal. O barco é mesmo. Um dia estamos cá, outro estamos lá. Quase sempre precisaremos uns dos outros.

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