Reputação é maratona, não sprint: o case Olympikus

Durante anos, a Olympikus foi vista com certo desdém por corredores mais exigentes. Apesar de funcional, a marca não carregava prestígio e, segundo pesquisas de 1997, era associada a produtos de baixa qualidade — uma percepção que desestimulava seu uso no mercado de corrida de rua.

Hoje, a Olympikus é líder entre os corredores brasileiros no Strava, domina rankings em provas tradicionais e disputa espaço com marcas internacionais de alta performance. Essa transformação não aconteceu por acaso: é resultado de um trabalho consistente de construção de reputação, aliado a estratégias inteligentes de PR e marketing.


Como a Olympikus virou o jogo

A virada da marca envolveu uma estratégia multifacetada:

  • Conexão com eventos esportivos: presença constante em corridas relevantes, associando a marca à experiência real do corredor.
  • Parcerias e collabs estratégicas: ações com plataformas como o Strava e outras iniciativas que uniram performance, estilo e propósito.
  • Ativação de influenciadores profissionais e amadores: a Olympikus apostou em atletas de elite e também em corredores comuns — pessoas reais, com histórias inspiradoras e presença ativa nas redes sociais, que fortaleceram a identificação com diferentes perfis de público.
  • Campanhas com propósito: como o lançamento  “Corre da Causa”,  um lançamento de edição limitada pink no Outubro Rosa, onde parte da venda dos produtos foi revertida para causas sociais, fortalecendo ainda mais o vínculo emocional com os consumidores.

Essas ações, integradas e planejadas, permitiram que a Olympikus reposicionasse sua imagem de forma consistente e autêntica.


Reputação se constrói, não se improvisa

Em entrevista ao jornal O Globo, Márcio Callage, diretor de marketing da Olympikus, relembrou que, em 1997, a marca enfrentava um desafio de percepção:

“As pessoas tinham vergonha de usar Olympikus”, contou ele, com base em dados da época.

Hoje, com o sucesso do modelo Corre — descrito como um tênis “pau para toda obra” — a marca se consolidou como a principal escolha do corredor brasileiro, especialmente para aqueles que valorizam performance com custo acessível.

Essa mudança não foi baseada apenas em investimento em produto, mas em um trabalho de comunicação e branding que ouviu o público, entendeu suas necessidades e entregou inovação com propósito. Serve de benchmarking para nossos assessores de imprensa e merece ser estudada. 


Lições de PR que o case ensina

1. A reputação é construída com escuta e estratégia
A Olympikus não se limitou a melhorar o produto: ela entendeu o mercado, mapeou as barreiras de percepção e trabalhou para superá-las.

2. O posicionamento precisa de coerência e constância
A marca investiu no relacionamento contínuo com o público-alvo, estando presente nas corridas, conectando-se com comunidades de corredores e criando campanhas com propósito.

3. Influenciadores autênticos ampliam a conexão
Ao ativar tanto atletas profissionais quanto corredores amadores, a marca conquistou diferentes perfis de consumidores, reforçando sua proposta de democratização da performance.

4. Dados fortalecem o storytelling
Resultados como a liderança no Strava e a crescente participação nas maratonas brasileiras foram usados para contar uma história de sucesso real — e não apenas de marketing.


Resultado: presença real e reputação consolidada

O case Olympikus mostra que a construção de reputação forte não acontece da noite para o dia. Exige estratégia, consistência e verdade. Mais do que fazer barulho, trata-se de estar presente de maneira relevante e significativa na vida das pessoas.

É a prova de que o trabalho de assessoria de imprensa e PR, quando bem planejado e executado, transforma não só percepções — mas o futuro de uma marca.

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