A comunicação como ativo estratégico

Adriano Santos, sócio da Tamer Comunicação

Negócio que prospera sabe se comunicar. Não basta um produto inovador ou uma gestão financeira eficiente se a mensagem chega desalinhada ou confusa. No mercado financeiro, transparência e narrativa bem construída criam confiança e atraem investidores. Empresas que dominam essa arte garantem previsibilidade e minimizam riscos, enquanto outras seguem reféns da falta de clareza.

Nos Estados Unidos e na Europa, a comunicação não é tratada como um acessório, mas como parte do DNA corporativo. Relatórios precisos, discursos alinhados e presença estratégica na mídia garantem estabilidade e reputação. No Brasil, muitas empresas ainda operam no improviso, respondendo a crises em vez de evitá-las. O impacto disso se reflete na volatilidade e na percepção de risco por parte do mercado.

Adriano Santos – Sócio na Tamer Comunicação

No setor de tecnologia, gigantes globais entenderam cedo que uma boa história é tão valiosa quanto o próprio produto. Lançamentos bem estruturados não vendem apenas funcionalidades, mas também um propósito. No varejo, marcas que criam conexões reais com o público constroem lealdade e se tornam referência. A comunicação, quando bem-feita, transforma consumidores em defensores e fortalece identidades corporativas.

Previsibilidade é um dos ativos mais valiosos no mundo dos negócios. Empresas que controlam sua narrativa estabelecem um ambiente de confiança com investidores, clientes e colaboradores. Quando a comunicação falha, a insegurança toma conta, abrindo espaço para ruídos, boatos e interpretações distorcidas. O mercado financeiro já assimilou essa lógica, enquanto outros segmentos ainda caminham nessa direção.

No cenário brasileiro, o desafio é substituir a mentalidade reativa por uma abordagem estruturada e estratégica. Empresas que antecipam discursos e posicionamentos evitam desgastes e criam relações mais sólidas com seus públicos. Comunicação bem planejada reduz ruídos, fortalece marcas e facilita processos de tomada de decisão em todos os níveis.

Construir uma narrativa coerente e autêntica não é luxo, mas necessidade. Marcas que dominam essa arte ampliam sua competitividade e ganham relevância no mercado. A comunicação deixa de ser um suporte e se torna um motor de crescimento, consolidando reputações e abrindo caminhos para novas oportunidades.

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*Adriano Santos é sócio da Tamer Comunicação, agência especializada em assessoria de imprensa e comunicação estratégica. Graduado em Jornalismo pela UNINOVE, possui mais de 5 anos de experiência em gestão de crises e relações públicas, com foco nos mercados de capitais, economia e investimentos. Possui especializações em Marketing Digital e de Conteúdo.

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