Quando a gente falava em assessoria de imprensa, parecia que era o oposto de fazer jornalismo. No entanto, eu sempre defendi: são os bons jornalistas que conseguem criar as melhores narrativas para encontrar bons espaços na mídia.
Era esse caminho e estava tudo certo. Como assessor, parecia que você até podia ser jornalista, mas até certo ponto. E a vida seguia.
No meu caso, que entrei para comunicação corporativa depois de viver o jornalismo frenético de redação, em marcas como G1 e UOL, sempre ficou claro: hora ou outra, a gente iria ser jornalista (de novo e com J maiúsculo).
Eis que na briga por uma audiência cada vez mais fragmentada e na nova dinâmica da comunicação, os clientes de agências de PR começaram a demandar cada vez mais conteúdos jornalísticos próprios, de dentro, e feito por nós.
Eles querem e precisam conversar com certos públicos que não necessariamente a imprensa. O resultado?
A gente sai da posição de assessor e ativa nosso lado editorial, ajudando a curar, produzir roteiro, escrever matérias próprias e até apresentar vídeos.
A tendência mesmo é que as agências de PR e assessoria também façam jornalismo, mas muito (e também) para os seus clientes.
Em setembro, começamos um dos projetos mais importantes do nosso braço editorial, o instigante Bastidores do Poder, com milhões em audiência orgânica na rede vizinha.
A demanda revela um momento promissor para as boas assessorias de comunicação, e para muito além das Relações Públicas.
Ter a capacidade de curar, editar e conduzir canais proprietários, em um trabalho editorial jornalístico de ponta, é oferecer o diferencial para uma demanda que só cresce.
No final, é sobre saber como contar boas histórias, não importa o meio.