Ou seja, ouso dizer, todos nós.
Dizem que o ano no Brasil começa depois do Carnaval, mas eu sei que eu e você estamos ralando desde, pelo menos, 6 de janeiro, então isso não serve muito para nós.
Entretanto, vou aguardar até a minha coluna de pós-Carnaval para mergulhar no conteúdo mais pesado e mão na massa, que vai ser o formato e objetivo desse meu espaço aqui no Portal Assessores.
Hoje, nesta minha estreia, quero te preparar para o que vem aí.
Como você talvez tenha lido na minha bio, o foco aqui será mergulhar em Estratégia e Gestão de Negócios da Comunicação e escolhi isso por alguns motivos:
- Pelo senso comum de que Comunicação não dá dinheiro e eu quero provar o contrário.
- Porque nosso mercado só vai crescer quando os negócios que nele estão forem menos amadores do ponto de vista da Gestão.
- Porque uma grande parte do nosso mercado é de EUgências, como eu era, e é um desafio aprender a gerir quando você ainda está no operacional (porém é preciso).
- Porque não basta saber executar um bom serviço. Para crescer é preciso Estratégia e Gestão de Negócios.
Eu tenho 14 anos de carreira e abri a minha empresa em 2018.
Nos primeiros 7 anos trabalhei em uma emissora de TV que nunca teve dinheiro para pagar as contas. Depois em um jornal que atrasava meu salário TODOS os meses também por falta de gestão e fechei a vida CLT trabalhando numa agência que foi à falência.
E ao longo desse tempo, como você, acompanhei grandes crises como a da Editora Abril, fechamento de dezenas de veículos, e muitos, muitos mesmo, colegas desempregados e trocando de área em busca de sustento.
O senso comum é de que quem fez Comunicação (Jornalismo, RP e similares) mal vai conseguir sobreviver. E eu também tinha esse medo, por isso quando fui abrir a minha empresa a primeira coisa que pensei foi: “Eu preciso aprender a gerir essa bagaça, porque eu me recuso a ser mais uma na estatística”.
A gente não aprende a trabalhar de forma autônoma e muito menos a gerir um negócio (por menor que ele seja) na faculdade. A verdade é que a gente nem aprende que existe carreira para além da redação. Então precisamos arregaçar as mangas e ir aprender, porque só ser bom Assessor não vai garantir que o mês feche no verde e a gente tenha LUCRO!
Eu fui fazer um MBA de Gestão de Negócios na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e quis especificamente lá porque eu sabia que na sala de aula eu teria acesso a empresas enormes, lugares muito diferentes das empresas amadoras que eu tinha trabalhado.
O que eu fiz lá (além das aulas rs) foi pegar modelos de negócios gigantes e refinar para a minha realidade e para o meu mercado.
E com isso construí uma empresa:
- Que tem 4 divisões distintas: ou seja, renda diversificada, se sair um cliente não abala todo o meu negócio.
- Uma equipe enxuta, mas extremamente efetiva, CLT, bem remunerada, bem treinada e que roda sozinha – e por isso consigo tirar férias, um luxo no nosso mercado.
- Um projeto solo, a Elas Trabalham, que é uma empresa à parte, com seu faturamento, sua construção, sua autoridade – e que é meu nome, minha autoridade, e não algo de um cliente que pode ir embora.
- Um negócio de longo prazo, eu comecei como EUgência, mas desde o dia 1 pensando em construir um negócio que iria me sustentar longamente e não somente para eu tirar o meu sustento do mês.
Nesses nossos encontros semanais aqui na coluna quero compartilhar tudo isso.
Sem diquinhas prontas e sim o que eu aprendi, o que vi em outros negócios, modelei para o nosso mercado e apliquei na minha empresa.
Te encontro aqui toda quarta-feira.
Abraços
Thaise Xavier
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