Tudo acontece e se transforma tão rápido que nem é preciso ter muitos anos de mercado para já ter presenciado mudanças importantes. Pandemia, confinamento, vida online como regra, explosão das redes sociais, dos relacionamentos digitais e, consequentemente, aumento exponencial dos canais de comunicação e fontes de informação.
Nos mantermos informados virou um problema, para alguns um gatilho de ansiedade, gerando o FOMO (Fear of Missing Out), ou medo de não conseguir acompanhar tudo que acontece, especialmente no mundo online. Segundo uma pesquisa da OnePoll, 69% dos americanos já experimentaram FOMO de alguma forma.
Se esse é o sentimento comum, dá para imaginar como se sente quem cuida da comunicação de alguma marca?
Não é fácil, mas a boa notícia é que quem atua na área é curioso, observador, gosta de experimentar e testar novidades. Algo que é essencial para a nossa sobrevivência na profissão, já que a reinvenção virou palavra de ordem.
Pelo menos, aqui na Sing Comunicação, essa tem sido a nossa mentalidade, aliada à meta de encontrar a maneira mais efetiva de criar conexões verdadeiras entre marcas e seus públicos.
Desde o ano passado, notamos o aumento contínuo dos eventos presenciais. E já que as redes sociais são o principal ambiente criador do FOMO, que tal explorar oportunidades alternativas para transmitir as mensagens de marca no mundo offline?
O relacionamento com a imprensa segue reinando como a estratégia principal para construir reputação de marcas. Aqui, sem novidades, desde que tenhamos notícias que impactem o mercado, porta-vozes disponíveis e profissionais de comunicação dispostos a construir relações próximas com a mídia.
Mas vamos às oportunidades? A seguir, exemplos vistos em diferentes eventos.
Brinde com as mensagens principais, usado para uma atividade que conecta o público com a porta-voz: como mostrado na foto acima, o dado com as mensagens foi distribuído na entrada da palestra da futurista Amy Webb, durante o SXSW 2025, em Austin. Ao entrar no palco, ela pediu que as pessoas se sentassem sobre o cubo, depois disparou: “Sentiram-se incomodados? Essa era a ideia, é assim que vocês devem se manter para saírem da sua zona de conforto”. A experiência ficou vívida na minha memória, ajudando a reter a mensagem transmitida. Meta atingida, Amy!
Aproveitar o momento de total atenção do seu público: foi o que fez a cia aérea Southwest, cuja criação e modelo de negócios nasceu de uma conversa “desenhada em guardanapos”. É uma forma descontraída de falar com o público-alvo que tem tudo a ver com o estilo descolado da marca, conhecida pelo melhor serviço ao cliente.
Use key messages como cenografia: o exemplo é do NVIDIA GTC, um dos maiores eventos de inteligência artificial do mundo, que transformou pensamentos do fundador da empresa, Jensen Huang, em gigantes itens da cenografia. Basta buscar por essa imagem no Google Images para ver como essas e outras frases espalhadas pelo GTC também se espalharam pela internet em todo o mundo!
Transforme o público em protagonista da sua causa: a organização Second Harvest of Silicon Valley, convidava as pessoas que passavam pelos corredores do NVIDIA GTC a montarem kit com itens de higiene básica, a serem doados para população em situação de rua. Todos os itens já estavam lá, a pessoa só precisava pegar cada um deles, colocar no saquinho que era fornecido, e dispor o kit pronto em uma caixa. Enquanto a montagem acontecia, os voluntários explicavam sobre a atuação da organização. E, como era de se esperar, as pessoas registravam sua participação e compartilhavam nas redes sociais. Muito legal! Confira o vídeo aqui.
Conhecendo o público da marca, sua essência e olhando ao redor, é possível encontrar muitas formas criativas para se comunicar de maneira criativa e efetiva.