Demita clientes ruins: tenha coragem de escolher quem está ao seu lado

Eu sei que essa frase pode soar estranha do ponto de vista de negócios, mas escutei há alguns anos, quando estava em um dos incríveis RD Summits, na linda Floripa, e nunca mais esqueci. E, infelizmente, de alguns anos para cá, ela tem feito cada vez mais sentido.

Em qualquer relação comercial, o cliente ainda tende a ser visto como a parte essencial (e de fato é!), mas não é a única parte relevante. No entanto, é importante entendermos que nem todo cliente é um bom cliente e muitas vezes precisamos saber identificar quando é hora de encerrar essa relação.

Dentre as muitas situações que podem culminar na demissão de um cliente, podemos destacar aqueles que sempre atrasam pagamentos, ignoram o que foi combinado em contrato e exigem muito mais demandas, não respeitam os prazos propostos e previamente acordados ou simplesmente “desaparecem” e depois reclamam que o trabalho não caminhou como ele gostaria.

Na minha opinião, o pior tipo de cliente e que deve ser sumariamente demitido, é aquele que tem alguma interface que ultrapassa a linha das cobranças comuns ao nosso dia a dia e chegam a pressionar de forma desnecessária, chegando a casos de desrespeito total, insultos ou até mesmo insinuações sutis para “cutucar” o atendimento.

Quando nós, gestores, identificamos casos assim, é preciso entrar no circuito imediatamente e “colocar os pontos nos is” da forma mais clara e objetiva possível. É preciso agir rápido porque esticar a corda pode gerar estresse na equipe, afetar o clima organizacional e até causar a saída de talentos. 

A longo prazo, isso significa que esse mau cliente passará a custar mais caro do que o fee que ele paga mensalmente para a sua agência. Acredito que priorizar a saúde emocional e o bem-estar do time é fundamental para o aumento da produtividade, portanto cancelar um contrato não é, necessariamente, perder.

Além disso, saber demitir um mau cliente passa uma mensagem clara para todo o mercado, porque reforça qual é o real posicionamento da sua agência e que tipo de empresa/pessoas você aceita ter por perto. Afinal, é sábio ficar próximo de clientes que compartilham dos mesmos valores, para construir um crescimento sustentável e coerente para o seu negócio.

Como tudo na vida, não há uma fórmula mágica ou receita de bolo para conseguir demitir um cliente, mas sugiro que você reúna dados e fatos sobre os motivos que o levaram à essa decisão; marque um papo franco e direto com a interface e, claro, se ofereça para fazer uma transição tranquila com uma próxima agência (além de desejar boa sorte). Afinal, não é porque existem clientes mal educados e desrespeitosos que devemos nos igualar.

Finalizo reforçando que saber começar e estreitar uma relação é eficiente. Mas saber encerrar um ciclo é uma habilidade estratégica essencial para a saúde do seu negócio.

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