A gente tem uma ideia de que abrir e administrar uma agência de comunicação é uma linha reta. Que vamos determinar um objetivo e seguiremos rumo a ele e ainda que dêmos pequenos passos, será uma linha reta, sempre em frente.
Mas a verdade é que a gente começa o negócio com uma ideia na cabeça, mas dali em diante tudo pode acontecer. De coisas boas e de desafios também.
E para manter o nosso negócio vivo, a gente precisa aprender a ler os sinais de que está na hora de mudar de rota. Para continuar exercendo a nossa atividade a gente precisa aprender a desapegar de modelos, serviços, clientes e tudo mais que fizeram sentido, mas não são mais viáveis.
Entretanto, nem sempre esse processo é fácil, às vezes a gente fica insistindo por apego, medo ou falta de repertório para mudar de caminho. Eu entendo, passo por isso também.
Vou de novo abrir um bastidor para ilustrar o que estou falando.
Antes tarde do que nunca
Quando abri a minha empresa, meu ‘escritório’ era uma mesa no meu quarto. Depois me mudei para um apartamento com dois quartos e pude montar um home office melhor.
Em 2021, depois da Pandemia, não aguentava mais home office e também tinha uma operação maior, uma equipe maior, precisava de um espaço, por isso montei um escritório externo e era ótimo, fez muito sentido.
Até não fazer mais.
Desde dezembro de 2024 ele não fazia mais sentido, eu usava muito pouco e ele foi virando um elefante branco na minha operação. Porém resisti à ideia de fechá-lo, ignorava que meu negócio havia mudado e não fazia mais sentido.
Foram 5 meses até finalmente entender que não funcionava de nenhuma maneira, que não fazia sentido aquele custo e que o meu negócio havia mudado. Podia ter sido mais esperta e feito isso antes, economizar essa grana? Sim, rs, mas às vezes a gente demora para ver coisas óbvias. O importante é ver a tempo.
O que me leva ao segundo bastidor que compartilho contigo.
Não ler os sinais pode significar o seu fechamento
Uma agência de comunicação precisa de clientes, de projetos, para existir, isso é um fato indiscutível. Porém não é a falta de clientes que fecha uma agência e sim a incapacidade de mudar a rota!
Digo isso porque os clientes estão por aí, as empresas e pessoas que podem nos contratar existem. A questão é: o serviço que é oferecido, do jeito que é oferecido, para o mercado que é oferecido, ainda fazem sentido?
Por seis anos eu atendi o mercado de infoprodutores (o chamado marketing digital) e todo o meu negócio era centrado em oferecer a tríade de: Assessoria de Imprensa, Relações Públicas e Agenciamento Comercial. Eu atendi os principais nomes desse nicho, que podiam pagar um fee mensal condizente com tudo que eu entregava, e foram anos muito bons.
Porém de 2024 para cá os bons projetos foram ficando cada vez mais raros e os que eram bons, não tinham o porte para o que eu cobrava.
Percebi que precisava recalcular a rota, não podia ficar me lamentando pelo que estava perdendo. Eu colhi daquela realidade enquanto foi possível, era hora de buscar aquilo em outro lugar.
Comecei a desenvolver novos serviços, para não ter todo o meu faturamento somente em Assessoria, e a abrir frente em outros nichos. Fazer o mesmo movimento que fiz no digital, de criar cases e me especializar em outros mercados.
Se não fosse isso, com certeza teria fechado as portas.
Se eu não tivesse percebido que o cenário estava mudando e me antecipado, se tivesse ficado agarrada ao que tinha funcionado até ali, mas que não era mais viável, provavelmente não conseguiria seguir com o meu negócio.
Fez sentido, te ajudou? Conte comigo se precisar de ajuda 🙂
Abraços, Thaise Xavier
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