É, meus amigos, a vida é uma caixinha de surpresas onde, a cada dia, tiramos um novo capítulo. Logo eu, que já dei tantas aulas e já falei tanto sobre a importância do networking intencional, cá estou, trazendo um conceito que parece insano para o mundo corporativo, mas que faz todo sentido para o momento em que vivemos. Mas para ser leal, confesso que a pessoa que me fez repensar sobre isso atende pelo nome de André Duek, um homem de negócios que conheço do automobilismo, mas cuja vida de sucesso vai muito além dele.
Vamos aos fatos.
Segundo Duek, o conceito de “networking” está ultrapassado, uma vez que sua base está na “aproximação de pessoas com interesses mútuos e diretamente ligados ao cargo que ocupam”. Esse formato constrói uma rede fria que acaba no instante em que o outro já não “serve mais”.
Bem, se o “lance” não é networking, o que devemos mirar, então?
Vejamos. Duek sugere uma busca genuína por pessoas com as quais você queira se relacionar e assim criar um ecossistema de “pessoas físicas”.
Genial!
Como fazer isso?
Quem são as pessoas que você gostaria, genuinamente, de ter ao seu lado? Em quais mesas gostaria de sentar? Com quem adoraria tomar um café e conversar longamente, sem o interesse ou a pressão do cargo? A pessoa pela pessoa, pelo CPF, pelo que ela é e não pelo que representa naquele momento.
Obviamente, vamos continuar construindo nossas pontes de relações profissionais, mas precisamos manter essa condição dentro do que é, de fato, uma relação profissional. Pode ser cliente x assessor, jornalista x assessor, jornalista x jornalista, ou o que mais se encaixe.
Mas entender que nossas relações precisam ir além do “uso” vai transformar pessoas em pessoas e isso é fantástico.
O crescimento do que Duek chama de “HUB de pessoas físicas” traz resultados de crescimento mais expressivos do que qualquer outra forma de relacionamento. Pessoas que se conectam dessa forma podem doar mais do seu tempo, do seu conhecimento, da sua amorosidade, da forma de pensar e agir e claro, são mais longevas, uma vez que já não estão mais sob a baliza efêmera das titulações, cargos ou importância social.